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Mostrando postagens de abril, 2017

Arbitrariedades institucionais

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   A docência não se faz somente dentro de sala de aula. O encontro diário entre educador e educandos é a ponta final de um processo bem maior que envolve estudo, preparação, criatividade e reflexão crítica sobre a própria prática. Nas palavras de Paulo Freire: "A prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer." ( Pedagogia da Autonomia , 1.8) Obviamente, boa parte dessa tarefa se faz fora da escola, juntamente com correções de provas, formulações de avaliações e toda a burocracia de notas, faltas e registros de conteúdos. Isso para não falar no planejamento conjunto das atividades da escola como um todo, como dias festivos, projetos, feira de ciências, etc. É por isso que se pode afirmar que há uma especificidade no trabalho do professor, a partir da qual se considera que 1/3 de sua jornada de trabalho deva ser destinada a atividades extra-classe. Isso é lei (Lei n° 11.738/2008

Afinal, o que torna o homem um ser possuidor de humanidade?

Eis mais um ensaio produzido na UA Reflexões sobre o Homem na Filosofia. Afinal, o que torna o homem um ser possuidor de humanidade? Flávia O. Alvim [1] O cinema estadunidense tem proporcionado ao grande púbico, a oportunidade de oferecer uma reflexão acerca da nossa própria condição, enquanto seres pensantes, existenciais, intersubjetivos e puramente humanos. Reconhecendo a importância do cinema para a análise sobre o ser humano condicionado ao existir, analisaremos dois filmes intitulados O homem bicentenário (1999) do diretor Chris Columbus e o A. I. – Inteligência artificial (2001) do diretor Steven Spielberg. Ambos discutem a respeito de seres artificiais que apresentam características tipicamente humanas. Além de apontar os principais elementos constitutivos de tais produções cinematográficas referidas, utilizaremos como fio condutor de nossa análise antropológica-filosófica, os breves pensamentos dos filósofos Martin Heidegger e Jean-Paul Sartre sobre a condição do

Esclarecimento como condição para uma liberdade consciente, por Eric de Souza Pires

Na Unidade de aprendizagem "Reflexão sobre o Homem na Filosofia", propus uma reflexão que tomasse alguns filmes previamente listados e algumas concepções antropológico-filosófica, Estou estimulando a publicação neste espaço de alguns dos ensaios produzidos. Eis o primeiro. Esclarecimento como condição para uma liberdade consciente Eric de Souza Pires [1]                                                                                                                       Introdução             Este trabalho pretende apresentar uma breve resenha dos filmes A Onda (2008) e Kids (1994), escolhidos para servir como base para algumas considerações de caráter filosófico acerca da condição da existência humana. Os acontecimentos referidos em A Onda serão analisados à luz de um pequeno artigo de Immanuel Kant, enquanto que Kids será examinado sob a ótica desse mesmo texto e de outro também muito conhecido, de autoria de Jean-Paul Sartre. Desenvolvimento De