A educação como um circuito
A prender e ensinar não são coisas distintas. Isso já foi abordado com maestria por Freire: "Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que o conotam, não se reduzem à condição de objeto um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender." (Pedagogia da autonomia, 1996,p.27) Obviamente isso é verdade para o ato autêntico de ensinar/aprender, o que não exclui a possibilidade de uma alienação deste ato; precisamente aquilo que o próprio Freire denominou de "ensino bancário." E não é esta a realidade da escola ainda hoje? E como profissionais que atuam na escola, em maior ou menos medida nos deixamos arrastar por esta tendência. É bastante comum que o ensino do professor em sala de aula se cristalize em um ato unidirecional e automático. Um ensinar que, sendo sempre o mesmo, não traz nada de aprendizado para quem o ministra. Um ensinar que se enferrujou nos mesmos exemplos, no exce