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Mostrando postagens de setembro, 2018

Como ensino filosofia #5 - O "pós-grama"

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  Adentramos agora à segunda parte desta websérie Como ensino filosofia? ! Ela é dedicada aos conteúdos que desenvolvi ao longo destes anos para o ensino de filosofia nas três séries do ensino médio. Tais conteúdos formam um todo articulado que eu chamei de currículo I, e que passarei a compartilhar com vcs a partir das próximas postagens.    Mas, por hora, uma reflexão sobre a importância de um registro sistemático das aulas como ferramente de lapidação do plano de ensino do professor.                     O "pós-grama"   O que eu chamei de “pós-grama” é o registro de todas as minhas aulas para cada série do ensino médio durante um ano letivo. Como eu descrevo no vídeo, isso surgiu da necessidade de organização das minhas práticas em sala de aula e se mostrou como uma ferramenta bastante útil para o incremento destas aulas ao longo dos anos. Veja a página inicial do pós-grama do primeiro ano: Foi necessária alguma imaginação para padronizar este registro, poi

JUNIC 2018

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A JUNIC - J ornada Unisul de Iniciação Científica deste ano, contou com a apresentação de uma Comunicação Oral, realizada pelo estudante Anderson da Silveira, do Curso de Bacharel em Filosofia. A pesquisa intitulada "A caracterização das práticas de Extensão Universitária nos Cursos de Modalidade a Distância de Universidades brasileiras", buscou indentificar os tipos de práticas de extensão realizadas nos Cursos de EaD no Brasil, a partir de uma revisão bibliográfica. Aproveitamos esta oportunidade, para convidar os estudantes do Curso de Filosofia, que tenham interesse em desenvolver um projeto de iniciação científica, para lerem o Edital do PUIC, disponível no link  http://www.unisul.br/wps/wcm/connect/f9c90e57-eed7-4625-96a1-c5d78de29024/ed989-2018_bolsa-puic.pdf?MOD=AJPERES . Apos a leitura do edital, convide um Professor do Curso para a submissão do Projeto. Mais informações, envie um email para Cristina.Oliveira@unisul.br. 

Genêro e Violências é o tema da discussão realizada em Seminário na Unisul

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No ultimo dia 15 de setembro de 2018, foi realizado o Seminário "Genêro e Violências" no Campus Universitário UnisulVirtual. O debate foi mediado pelo Assistente Educacional e estudante do Curso de Bacharel em Filosofia, Anderson da Silveira. Os debatedores convidados foram a Professora Dra. Marcia Cristiane Nunes Scardueli e o Professor Me. Marciel Evangelista Cataneo, Coordenador do Curso de Bacharel em Filosofia.    Se você gostou do debate, curta e compartilhe.  Ajude também a divulgar o nosso Blog. Se quiser escrever algum post, artigo, matéria ou divulgar alguma atividade, envie um email para andersonsilveirapessoal@gmail.com.

Como ensino filosofia? #4 - Ensinamos o que aprendemos II

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  Por que mesmo chegando à escola com o intuito de fazer uma educação diferente (e com uma formação razoavelmente suficiente para tal) eu acabei chegando a um plano de ensino tradicional?   Retomando a ideia inicial do título desse post , o vídeo ensaia uma resposta: Ideias e intenções são, sem dúvida, uma parte fundamental para a transformação do ensino. Mas não são tudo. Quando “a coisa aperta” e nos vemos obrigados a conduzir diversas turmas por dia,tendemos a deixar as teorias de lado e reproduzir ações e comportamentos. Isso vale para o aspecto disciplinar, de manter a ordem, mas vale também para a questão do andamento das atividades de aprendizagem, que precisam ter um destino certo: notas registradas em um diário de classe.   Em meu caso, mesmo desde o início me esforçando para não reproduzir o comportamento autoritário, em relação à disciplina na sala de aula, acabei reproduzindo sem perceber outras ações que marcaram a minha vivência enquanto aluno e que foram determin

Como ensino filosofia? #3 - Ensinamos o que aprendemos

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  Desde os primórdios, o ato de educar está relacionado a transmitir algo a outrem, sobretudo à gerações mais jovens. O presente vídeo não está apontando para este algo, enquanto conteúdo, mas sim ao modo como se ensina. Ou seja, é verdade que muito do ensino escolar ainda está voltado para um reprodutivismo de conteúdos, cuja utilidade e pertinência pode e deve ser contestada. Mas aqui me interessa falar de uma espécie de reprodutivismo pedagógico, isto é, a tendência a comportar-se, enquanto professor, da forma como nos habituamos a nos relacionar com professores enquanto éramos alunos. Assim, revendo o vídeo, agora me parece que uma formulação mais rigorosa para o que eu afirmei seria: “Ensinamos da forma como fomos ensinados”. O “controle” da sala: uma queda de braço   O modelo do ensino escolar está intimamente relacionado não só à condução da aprendizagem por parte do professor, mas também ao controle da turma envolvida neste processo de aprendizagem. Para alguns pr

Como ensino filosofia? #2 - O ensino de filosofia na escola pública de um ponto de vista privilegiado

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O professor de filosofia e sua carga horária na escola pública    Até o presente momento, a disciplina de filosofia conta com e espaço de uma aula semanal para o primeiro ano do ensino médio e duas aulas semanais para o segundo e terceiro ano. Assim, no cotidiano da escola pública é bastante difícil que um professor de filosofia consiga acompanhar todas as turmas de uma escola durante os três anos do ensino médio.    No caso de um professor efetivo, isso depende da quantidade de alunos que atende: talvez seja possível cobrir todas as turmas de uma escola pequena, mas se o mestre pretende trabalhar por 40 hs semanais (carga cheia), será preciso complementar suas aulas em uma outra unidade escolar. Nessa outra escola, talvez não seja possível atender a todas as turmas. (Por vezes professores trabalham em três escolas para fechar sua carga horária, usando todo seu tempo para correr de uma escola a outra em horários apertados.)   Se, ao contrário, a es