Como ensino filosofia? #4 - Ensinamos o que aprendemos II
Por que mesmo chegando à escola com o intuito de fazer uma educação diferente (e com uma formação razoavelmente suficiente para tal) eu acabei chegando a um plano de ensino tradicional?
Retomando a ideia inicial do título desse post, o vídeo ensaia uma resposta: Ideias e intenções são, sem dúvida, uma parte fundamental para a transformação do ensino. Mas não são tudo. Quando “a coisa aperta” e nos vemos obrigados a conduzir diversas turmas por dia,tendemos a deixar as teorias de lado e reproduzir ações e comportamentos. Isso vale para o aspecto disciplinar, de manter a ordem, mas vale também para a questão do andamento das atividades de aprendizagem, que precisam ter um destino certo: notas registradas em um diário de classe.
Em meu caso, mesmo desde o início me esforçando para não reproduzir o comportamento autoritário, em relação à disciplina na sala de aula, acabei reproduzindo sem perceber outras ações que marcaram a minha vivência enquanto aluno e que foram determinantes para o estabelecimento de uma rotina e de um controle dos alunos. Sobretudo a dinâmica de copiar a matéria no quadro para que os alunos a tenham no caderno. Isso mostra como a educação escolar pode ser vista como uma performance. Nós a aprendemos primeiramente enquanto alunos, vendo e padecendo dela (não em um sentido necessariamente negativo, mas padecer enquanto elemento passivo que recebe uma força externa). Em seguida, como professores, tendemos a repeti-la.
Assim, vejo que é possível que nos tornemos professores melhores em dois níveis:
1-Aprimorando e incrementando esta performance tradicional.
2–Repensando e subvertendo a performance tradicional na direção de performances alternativas.
As experiências que começo a narrar a partir das próximas postagens estão mais relacionadas como o nível 1, Mas todo este registro e narrativa, por sua vez, seguem na intenção de funcionar como uma base para uma reflexã-ação na direção do nível 2.
Acompanhe o projeto "Como ensino filosofia?". Toda quinta um novo conteúdo :)
Retomando a ideia inicial do título desse post, o vídeo ensaia uma resposta: Ideias e intenções são, sem dúvida, uma parte fundamental para a transformação do ensino. Mas não são tudo. Quando “a coisa aperta” e nos vemos obrigados a conduzir diversas turmas por dia,tendemos a deixar as teorias de lado e reproduzir ações e comportamentos. Isso vale para o aspecto disciplinar, de manter a ordem, mas vale também para a questão do andamento das atividades de aprendizagem, que precisam ter um destino certo: notas registradas em um diário de classe.
Em meu caso, mesmo desde o início me esforçando para não reproduzir o comportamento autoritário, em relação à disciplina na sala de aula, acabei reproduzindo sem perceber outras ações que marcaram a minha vivência enquanto aluno e que foram determinantes para o estabelecimento de uma rotina e de um controle dos alunos. Sobretudo a dinâmica de copiar a matéria no quadro para que os alunos a tenham no caderno. Isso mostra como a educação escolar pode ser vista como uma performance. Nós a aprendemos primeiramente enquanto alunos, vendo e padecendo dela (não em um sentido necessariamente negativo, mas padecer enquanto elemento passivo que recebe uma força externa). Em seguida, como professores, tendemos a repeti-la.
Assim, vejo que é possível que nos tornemos professores melhores em dois níveis:
1-Aprimorando e incrementando esta performance tradicional.
2–Repensando e subvertendo a performance tradicional na direção de performances alternativas.
As experiências que começo a narrar a partir das próximas postagens estão mais relacionadas como o nível 1, Mas todo este registro e narrativa, por sua vez, seguem na intenção de funcionar como uma base para uma reflexã-ação na direção do nível 2.
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