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Mostrando postagens de outubro, 2020

Série Boas práticas- Filosofia na Idade Média 2020b

  A (in)conciliável integração da fé com a razão   Ricardo Z. Fiegenbaum               Num pequeno livro intitulado Crer é também pensar , o teólogo presbiteriano inglês, John Stott, defende a ideia de que é impossível a fé sem a razão ou, nas suas palavras, crer sem pensar. Para ele, a fé não dispensa o uso da mente e, portanto, não é assunto apenas do coração, embora ele veja em três grupos da sociedade contemporânea a prevalência do emocionalismo e do subjetivismo em detrimento da razão. São eles os católicos, porque estão arraigados no ritualismo e não realizam um culto racional; os cristãos radicais, porque não conseguem se desprender da ação social, e os neopentecostais, que realizam um cristianismo de mente vazia, porque se baseiam em experiências particulares e fazem delas suas doutrinas. Os três segmentos mostram sintomas de “uma mesma doença, o ante intelectualismo”. Com base em citações da Bíblia, Stott prega que a fé é essencialmente racional, é basicamente o ato de

Série Boas produções - Textos filosóficos modernos e contemporâneos - 2020b

Textos do acadêmico Hugo Lanz Costa                                    Abaixo, exponho a passagem sob a qual serão produzidos os dois textos conforme proposto para esta atividade, ou seja, um texto explicando e outro comentando esta mesma passagem que, por sua vez, é composta pelos dois aforismos selecionados a partir da obra Novum Organum de Francis Bacon. Os dois aforismos selecionados são o XIX e o XX que, conforme a seguir, os reproduzo: Aforismo XIX:   Só há e só pode haver duas vias para a investigação e para a descoberta da verdade. Uma, que consiste no saltar-se das sensações e das coisas particulares aos axiomas mais gerais e, a seguir, descobrirem-se os axiomas intermediários a partir desses princípios e de sua inamovível verdade. Esta é a que ora se segue. A outra, que recolhe os axiomas dos dados dos sentidos e particulares, ascendendo contínua e gradualmente até alcançar, em último lugar, os princípios de máxima generalidade. Este é o verdadeiro caminho, porém ainda