Agora um trabalho para "Reflexões sobre o Homem na Filosofia
AH, O HUMANO!
O SER HUMANO QUER SE ESBALDAR E SE ENFORCAR
NA CORDA DA LIBERDADE! – uma abordagem existencialista
Fernando Alves Montanari[1]
Ah, o humano!
Se não fosse o humano!
Se não fosse o humano o mundo natural seguiria sua
sina mais pura e essencial. Sua fatalidade instintiva e própria do curso físico
das coisas. A espontaneidade reinaria em todos os cantos e em todos os seres
vivos (animais ou vegetais) ou inanimados.
É na certeza das coisas que este mundo natural seria
governado, pois: o rio seguiria, por entre terrenos e pedras, com quedas d´água
sempre orientadas de cima para baixo, para desaguar em outros rios ou mares; as
plantas cresceriam com arrimo na fotossíntese seguindo a seleção natural das
espécies; os animais acompanhariam suas existências irrefletidas e etc..
Ah, o humano!
Há o humano!
No entanto, há o humano a ser acrescido nessa equação
do mundo e, com isso, mormente em sua existência no século XX, evidenciou-se
sobremaneira a incerteza[2],
pois ele é responsável pela mudança do rumo das coisas a seu bel talante (rios
são transpostos e deslocados, plantas são modificadas geneticamente e animais
ganham significâncias e entendimentos distintos dos naturais – até seres
inanimados novos são criados, fora da natureza dada, como a inteligência
artificial...).
Ah, o humano! A
existência humana!
A mudança provocada pelo humano no mundo é basilar e
muito importante, fonte de conjecturas e análises dos mais variados matizes e,
entre eles, particularmente sob a perspectiva filosófica, sobreleva o
existencialismo, termo este que (CONTRIM, 2006, p. 195):
[...] designa o conjunto de tendências
filosóficas que, embora divergentes em vários aspectos, têm na existência humana o ponto de partida e
objeto fundamental de reflexões. Por isso, podemos designá-las mais
propriamente de filosofias da existência, no plural.
Mas o que é existir? Se refletirmos sobre o tema,
veremos que existir implica a relação do
homem consigo mesmo, com os outros seres humanos, com os objetos culturais e
com a natureza. São relações múltiplas, concretas e dinâmicas (...) sobre
esses temas, os filósofos existencialistas elaboram diversas interpretações,
cujo denominador comum é a certa visão
dramática da condição humana. Ilustrativa dessa visão é a frase do filósofo
e escritor francês Albert Camus (1913-1960): “[...] a única questão filosófica séria é o suicídio”. (Destaque meu.)
Ah, o humano! O existencialismo humano é um humanismo existencialista!
A mudança ocorrida entre
os séculos XIV e XVI na Europa (Idade Média para a Moderna) que marca a
passagem do pensamento teocêntrico para uma visão antropocêntrica, colocando o
homem como centro das preocupações humanas (e não mais Deus), fez emergir um
maior cientificismo, fruto direto da descentralização do conhecimento (que era
controlado pelo clero) e, com isso, gerou profundas alterações na lógica,
natureza e conhecimentos humanos (literatura, filosofia, teatro, etc.). Essa
valorização da figura humana é chamada de humanismo por aqueles que gostam de
catalogar períodos de pensamentos e mudanças que marcaram o mundo e é ela a
nossa moldagem principal desde então.
Não por acaso, é a partir
dessa proposta que o ser humano começa a pensar e a pensar-se, a tal ponto que
define diferenças estruturais entre o pensamento (essência) e materialidade
(existência), como o fez Descartes, de tal sorte que aquela precede a esta: Cogito ergo sum (“Penso, logo existo”).
A essência é vista como atributo principal, que organiza as qualidades do que
se conhece e, no humano, é representada pelo próprio pensamento.
No entanto, num giro
diametralmente oposto, fulcrado na era da incerteza do século XX, a racionalidade
encontrou sua forma aguda no crescimento da ciência, que embora inicialmente
muito bem vista e aceita, a partir daí, passa por um processo de constante
análise quanto à sua infalibilidade, pois, além de avanços marcados pela
história, de arrabalde, a racionalidade científica trouxe muitas contradições
evolutivas em campos basilares para manutenção da vida humana (e do mundo)
como, por exemplo: transformações perniciosas no meio ambiente, busca por
armamentos, fobias individuais e sociais, dramas, massacres, guerras,
desigualdades e assim por diante.
Tais problemas fizeram
despontar modificações na forma de encarar a realidade da existência humana,
com repercussões inclusive na filosofia, merecendo destaque, por sua ligação ao
proposto, o pensamento do francês Jean-Paul Sartre (1905-1980), que inverte a
compreensão do homem, não mais balizada em seu componente imutável e essencial,
mas, sim, na sua existência, pois “o
homem existe, encontra a si mesmo, surge no mundo e só posteriormente se define.
O homem, tal como o existencialista o concebe, só não é passível de uma
definição porque, de início, não é nada: só posteriormente será alguma coisa e
será aquilo que fizer de si mesmo” (SARTRE, 1970, p. 4).
O atributo primário do
homem, portanto e para Sartre, é o fato de sua existência. E, é a partir daqui
que a realidade humana é pensada, como algo indeterminado, bem diferente do
mundo natural anteriormente exposto.
Há uma inversão que salta
aos olhos fazendo com que a finalidade do homem caia por terra, tendo em vista
que não existe um porquê de sua existência, mas tão somente sua contingência de
existir, sem uma natureza essencial humana que determine a sua vida. Para esse
pensador, o que existe é algo muito menos romântico e mais essencial: a condição
humana (realidade humana).
Tal condição não tem nada
a ver com qualquer mandamento divino (pensamento cristão pelo qual o homem
teria um fim definido metafísico) e não é um convite ao “imobilismo do
desespero” (pensamento comunista, SARTRE, 1970, p. 2). Ela é fruto das escolhas
(liberdade) da própria existência humana, porque se não existisse, não seria
possível ao homem assumir as responsabilidades daquilo que faz e que o define
como tal em relação a si mesmo e frente aos outros homens, pois, em suas palavras:
“ao afirmarmos que homem se escolhe a
si mesmo, queremos dizer que cada um de nós se escolhe, mas, queremos dizer
também que, escolhendo-se, ele escolhe todos os homens” (SARTRE, 1970,
p. 5).
As escolhas de um homem,
por isso, formam e influem na humanidade em geral, pois, serão por ela
confrontadas, o que faz emergir no ser humano um sentimento de
responsabilidade, mas que, infeliz e naturalmente, é seguido de angústia
(devemos agir de qual forma, de antemão sabendo que nossas ações repercutem na humanidade),
desamparo (tendo em vista que não há um Deus que nos governa, e, por isso, tudo
é permitido, não existindo um arrimo a que possamos nos agarrar) e desespero (o
desespero da liberdade sem determinismo, pois somos responsáveis por tudo que
fazemos).
Justamente por tudo isso o
existencialismo humano é um humanismo existencialista, bem diferente daquele
humanismo que toma o homem meramente como medida das coisas (um valor
superior).
O humanismo
existencialista põe o homem na sua condição humana (na sua subjetividade[3]
angustiante, desesperadora e sem amparo algum que não seja ele mesmo) de
decidir por si mesmo seu rumo e sem uma essência pré-existente, pois está
sempre projetado para fora de si, buscando objetivos transcendentes por ele
eleitos.
Em outras palavras: o
homem que existe, existe por si só subjetivamente e, justamente por isso, está
desamparado (sem Deus ou uma essência anterior e permanente que o defina) para
livremente decidir seus fins colimados (fora de si mesmo) e, destarte, gerando
consequências com as quais terá de conviver e fazer os outros viverem, não
havendo intermediários que o salvem dessa posição.
Ah, o humano! O humano não quer ser humano!
Sob o prisma até agora
apresentado, o homem está condenado a ser livre (SARTRE, 1970, p. 15): “É o que traduzirei dizendo que o homem está
condenado a ser livre. Condenado porque não se criou a si próprio; e, no
entanto, livre porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto
fizer”. É na liberdade que o homem experimenta em sua existência a
angústia, pois ela implica na escolha que pode afetar diretamente não só sua
própria vida, mas a dos outros e é por ela que a responsabilidade aflora.
Ser humano, no sentido de
existir enquanto humano, implica no exercício da liberdade em-si mesmo, vivendo
a angústia da escolha; e, ao mesmo tempo, o ser humano, no sentido da
humanidade que cada ser carrega, implica na consciência dessa liberdade do ser
para-si. A liberdade, portanto, é o alicerce da moral humana, não como um fim
“sagrado”, mas como uma escolha, fruto da responsabilidade, e com consequências
inevitáveis.
Existir, portanto, é
estar condenado a ser livre, um atributo da condição humana.
Esta condenação, geradora
da responsabilidade de ser humano que todos nós temos, acende à angústia de
saber escolher e arcar com as consequências dessa escolha, que não podem mais
ser imputadas a uma corrente moral filosófica específica ou a um terceiro (como
Deus[4]),
mas unicamente ao próprio ser humano, que não quer mais ser humano (quer despir-se
dessa responsabilidade), devido justamente à sua condição humana desprovida da
natureza humana que aquelas “muletas/desculpas” poderiam previamente determinar
(isso, se a essência precedesse à existência) e aliviá-lo da carga da
responsabilidade de ser um humano (em-si e para-si).
Um dos valores mais
fundamentais do homem, que é a liberdade, nessa esteira de argumentação, é o
fruto de sua angústia existencial, no verdadeiro sentido dessas palavras. E
essa angústia o leva a questionar a sua própria existência, fazendo-o perceber
como o/um nada (está à mercê de si próprio, de sua construção, sem qualquer
causalidade que o anteceda, lançado à sua própria sorte).
Este nada que o constitui
como ser humano, não está só no pensamento, mas, também, no vazio que ele sente
e, ao mesmo tempo, na responsabilidade da consciência que tem de sua liberdade
de escolha. Só cabe ao próprio homem, condenado à liberdade, decidir se quer
continuar seu plano de existir junto com todo esse quadro a que está inserido
ou, se este quadro for insuportável, poderá acabar com sua existência,
tornando-se livre do peso angustiante da liberdade de não poder deixar de ser
livre.
Assim, além de não ter em
quem colocar a culpa de suas escolhas para aliviar a responsabilidade de ser
livre, o ser humano não quer ser humano, justamente para deixar de existir em
um quadro angustiante e insuportável de vida livre.
Ah, o humano! O humano quer se esbaldar e se enforcar na corda da
liberdade!
Na linha de pensamento
sartriana e pelo que viemos desenvolvendo, a liberdade humana é o fundamento da
sua existência, que se finda com a morte (deixar de existir). É na liberdade
que o ser humano se define como alguma coisa distinta do nada que é.
É na liberdade que,
vivendo e existindo, o ser humano tem consciência da sua responsabilidade como
ser responsável pelos seus próprios ideais de vida. Portanto, quanto maior for
o bom uso, em termos de autorrealização, que o homem fizer da sua liberdade,
tanto maximizada será sua vida e a dos demais que, com ele, formam a
humanidade.
De igual sorte, sob esta
específica linha de pensamento que viemos trilhando (da condenação do homem de
ser livre, sob viés existencialista sartriano), a própria morte por suicídio
(autodestruição da vida humana), além de poder representar um alívio para a
angústia da responsabilidade que a vida impõe, é uma manifestação fenomênica da
condição humana, que assume a consequência daquilo que a vivência (própria e
dos outros) criou em termos consequenciais. É pela autodeterminação na liberdade
que o ser humano põe fim à sua própria vida e, talvez, como afirmado acima,
seja ela “a única questão filosófica
séria”.
O suicídio é, por isso,
uma opção daquele que existe primeiro, para depois definir-se como algo. Bem
diferente daquele que se vê primeiro em essência, para depois definir sua
existência. São visões contrastantes e diversas em seus fundamentos, que
conduzem a filosofias e reações fenomênicas diferentes.
Importa colacionar, nessa
fase, o excerto de um texto produzido por Huisman e Vergez (1974, p. 317),
donde se pode ler a estória de Bernardo, vazada nos seguintes termos:
Um homem foi
esmagado pelo comboio 131 na linha 3 da estação do metropolitano de
Saint-Lazare... Esse homem tinha 29 anos. Ontem, Bernardo andava em uma das
extremidades da plataforma, de um lado para outro; afastou-se dos passageiros,
inclinou-se para olhar as luzes da máquina e foi lançado sobre os trilhos, de
pés juntos e braços ao longo do corpo, como mergulhador. Com suas pernas
cortadas, o rosto queimado, morreu imediatamente. Ele não mais dobrará a
esquina da Rua Ordener, onde, ainda criança, aprendera os jogos de bolas de
gude e de gato empoleirado; não mais subirá a escada estreita onde o mau cheiro
de frituras e da latrina; não lerá, apoiado pelo fogão a gás, sob a fresta da
cozinha os anúncios de emprego do Paristein libéré. Ele havia aprendido a
profissão paterna: alfaiate de meia confecção; há cinco meses estava
desempregado: pequenos anúncios, escadas, recusas duras... e, depois, suas
roupas tornaram de tal forma andrajosas que não ousava mais sair.
Algum de nós
já ficou dias inteiros deitados na cama com a impressão de não ter mais aspecto
de homem, num mundo que recusa seu trabalho?
Bernardo
ouvia as panelas de sua mãe, do outro lado do tabique, ele vive à custa da mãe;
saiu ainda uma vez; na fábrica, recusaram-no para servente porque era muito
fraco; no escritório, um chefe de serviço olhou hostilmente seus sapatos
furados: não há vaga. Às sete horas da manhã do dia seguinte, ele se insinuou
para a entrada do metrô de Saint-Lazare, na hora de volta ao trabalho. Todos
estão presos ao relógio, preocupados com o trabalho. Ele está livre. É livre,
pode ir ao museu ou ver as flores dos parques, é livre para pensar a física de
Einstein ou na Imaculada Conceição. No momento ele se sente livre, sobretudo
para escolher entre o bico de gás ou os carros do metrô.
São sete
horas da manhã. Começa um dia de homem livre: Um homem foi esmagado pela composição
131. Bernardo, um homem livre entre os homens livres, foi esmagado por essa
liberdade.
Isso revela um trágico
brilho, a ambiguidade dessa palavra liberdade. O desempregado é livre, visto
que não está sujeito aos horários da fábrica ou do escritório nem pelo peso da
tarefa cotidiana. Ele é escravo, porque está sujeito à opressão da miséria. É
livre para procurar o trabalho que os empregadores são livres para lhe recusar.
E, em consequência, ele nem é mais livre para viver.
A narrativa da vida de Bernardo,
privado de bons bens (inclusive, comezinhas roupas), de um emprego, morando em
um local simples e sustentado pela mãe, expõe o drama de sua vida como ser
humano marcado pelas circunstâncias históricas de sua existência (sofrimento,
injustiça, luta pela sobrevivência), com profundo abismo entre o seu querer
(emprego e vida melhor) e seu poder (escolha e liberdade), expondo sua condição
humana frágil e insólita.
A sua vida provoca a
aniquilação do seu eu, a ponto de estar acompanhado da “impressão de não ter mais aspecto de homem”, pois na disposição
de sua vida frente aos demais humanos ele perece a cada dia.
Cumpre-lhe uma escolha
angustiante e inevitável, fruto da sua condição de estar-no-mundo, a qual,
segundo Nesi e Marques (2018, p. 124),
(...) é muito forte, mesmo para
aqueles que traçam sua vida por algo que consideram superior ao próprio homem,
como: a fé religiosa, o engajamento político, a construção de um edifício.
Deixar de escolher ou fazer uma escolha “levado” por outros é também uma forma
de escolha. Não há como não deixar de escolher, reforça Sartre. Pode haver
situações que limitem nossas escolhas, mas não há como tirá-las de um homem
enquanto vivo. Ainda que presos, resta a possibilidade de resistir, de pensar.
Ou Bernardo transcende-se
e busca um novo sentido de existência como ser humano que é, esbaldando-se de
liberdade e supera sua própria angústia, re-significando-se; ou, esquece pelo
que passa e vive na angústia da automaticidade de existir sem significado,
muito próximo de seus instintos entorpecedores; ou, ainda, vive um dia de homem
livre que, sob viés existencialista, autodetermina e resolve por fim à sua
vida, colocando nos trilhos (literalmente) a assunção das consequências daquilo
que a sua vivência (própria e no embate com os demais) criou em termos
consequenciais.
Bernardo optou pela
última! Suicidou-se aos 29 anos e “teve
seu corpo esmagado pelo comboio 131, na linha 3, da estação do metropolitano de
Saint-Lazare”.
A liberdade é ambígua. É
paradoxal. É contraditória. É a salvação. É a condenação.
E o ser humano numa
abordagem existencialista?
Ah, o humano!
O ser humano quer se esbaldar e se enforcar na corda da liberdade!
REFERÊNCIAS
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da filosofia: história e grandes
temas. 16 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
NESI, Maria Juliani e MARQUES, Carlos Euclides. Reflexão sobre o homem na filosofia: livro didático / Maria Juliani
Nesi, Carlos Euclides Marques; design instrucional Isabel Zoldan da Veiga Rambo
– 1. ed. atual. – Palhoça: UnisulVirtual, 2018.
SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo.
Tradutora: Rita Correia Guedes. Fonte: L'Existentialisme
est un Humanisme, Lés Éditions Nagel,
Paris, 1970.
[1] Acadêmico do curso Filosofia da Universidade do Sul de
Santa Catarina – Unisul. E-mail: famregistrospublicos@gmail.com.
Resposta apresentada
como AD2 para composição da Unidade de Aprendizagem 585 - Reflexão sobre o Homem na Filosofia 2019A - do curso de Graduação
em Filosofia da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. 2019.
Orientador: Prof. Carlos Euclides Marques, Mestre.
[2] A Era da Incerteza é o título de um livro do
economista canadense John Kenneth Galbraith que analisa e compara as grandes
certezas do pensamento econômico do século XIX com as incertezas com que os
problemas foram enfrentados no século XX (COTRIM, 2006, p. 194).
[3] Sobre a subjetividade, NESI e MARQUES (1999, p. 122)
afirmam que: “Nesse mundo, os indivíduos são jogados de um lado para outro e as
suas relações são controladas, julgadas e censuradas uns pelos outros, afinal: ‘o
inferno são os outros’, o seu olhar inquiridor sobre nós. Nesse sentido, é o
olhar do outro que me faz sentir um objeto em relação a ele.
O outro mostra para mim
como meus livres atos estão sendo julgados e quais consequências terão para
mim. Por isso, é necessário que o homem se encarregue de seu próprio destino,
que leve uma ‘vida autêntica’, compreendendo as forças que atuam para controlar
e subjugar a liberdade humana”.
[4] Corroborando a ideia, cite-se NESI e MARQUES (2018, p.
120): “(...) a angústia é o resultado
de uma tensão entre a liberdade de escolha dos indivíduos e a responsabilidade
que é gerada pelas escolhas feitas. Afirma Sartre que o homem é livre para
escolher e, portanto, não pode atribuir a responsabilidade das consequências
geradas por essa escolha, a ninguém, nem a Deus algum”.
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