Série Boas Práticas - Reflexões sobre o Homem na Filosofia (2022-a) - Acadêmico: Alexandre Antonio Bruno da Silva
ODISSEIA
2001: DO OSSO AO ESPAÇO
1. Introdução
A cena
escolhida é do início do filme, quando um hominídeo, descobre que através da
utilização de uma ferramenta, um osso, seria capaz de multiplicar a sua força destrutiva
no ataque aos seus inimigos. Nesse sentido, o osso serve de instrumento para a
explicitação da natureza belicosa do homem, uma vez que serve como instrumento
de ataque, defesa, conquista e para a imposição de medo aos seus opositores. Na
cena, o osso é jogado para cima, através de um jogo de imagem este se
transforma em um objeto espacial futurista, com potencial para novas conquistas
e missões.
Assim, da mesma
forma que o osso, a moderna máquina de conquista, é capaz de intimidar, defender,
atacar e controlar outros seres. Não é à toa que ao utilizar o osso, os seres
do início do filme, utilizam-no para combater e matar elementos semelhantes, pertencentes
a uma outra comunidade. Assim é representado o homem: um ser violento, disposto
à luta de todos contra todos.
Dessa forma, a visão estampada no filme, lembra àquela adotada por Thomas Hobbes em sua obra Leviatã. É através da obra desse autor que vamos tentar mostrar como foi concebida essa natureza do homem.
- O
homem lobo do homem
O
filme “2001: Odisseia no Espaço”[2],
certamente, marca quase toda uma geração. Trata-se de um filme complexo, com
poucos diálogos e com uma série de mensagens de difícil entendimento. A primeira
vez que o assisti, deveria ter uns 10 (dez) anos de idade. Digo sem qualquer
vergonha, que não entendi absolutamente nada. Entretanto, algumas coisas me
ficaram marcadas. Para mim, o aspecto mais marcante foi a fala tranquila e pausada
do aparato tecnológico, que termina por matar boa parte dos tripulantes. Entretanto,
não é sobre ele que trataremos: nosso foco será a perspectiva antropológica-filosófica
do homem, retratada logo em seu início.
A
primeira parte do filme começa com um letreiro onde podemos ler: "A aurora
do Homem", seguindo-se paisagens da natureza. Vemos um grupo de hominídeos,
convivendo em harmonia com outras espécies, na Terra, e afugentando um grupo de
rivais. Durante a noite, alguma coisa parece cair no solo e as criaturas se
escondem em cavernas, com comportamentos bastante semelhantes aos humanos.
Pela manhã, os antecessores da espécie humana rodeiam
o estranho objeto, um retângulo negro (o monólito). Depois de observar o monólito, um deles toca no objeto e o
seu comportamento se altera. Logo, aprende a usar um osso como
arma e começa a matar animais com violência. Essa é a concepção de homem que
iremos trabalhar nesse trabalho.
No livro texto da disciplina[3], uma
das concepções antropológico-filosóficas apresentadas é a do contratualista Thomas
Hobbes. Nesse sentido, é citada a obra de Danilo Marcondes[4] que afirma:
Hobbes
tem uma concepção da natureza humana que pode ser considerada negativa ou
pessimista. Não propriamente no sentido do tema da miseria hominis que
encontramos no pensamento medieval e mesmo na tradição humanista, mas por considerar
o homem como naturalmente agressivo e bélicos. (..) O homem é “o lobo do homem”
e movido por suas paixões e desejos não hesita em matar e destruir o outro, seu
semelhante. O estado de natureza não descreve o homem primitivo, ou o homem
anteriormente a qualquer organização social, mas sim como o homem se
comportaria, dada a natureza humana, caso se suspendesse a obrigação de cumprir
as leis e contratos imposta pela sociedade. Teríamos então uma luta incessante
dos indivíduos uns contra os outros, uma luta de cada um pelo poder sobre o
outro. [...]
Em sua
principal obra, Thomas Hobbes desenvolve um discurso para compreender e tentar
interromper a “guerra de todos contra todos”, que vislumbrava na Inglaterra no
século XVI. Momento em que, segundo autor, a violência impedia a prosperidade e
o progresso do país, gerando um clima iminente de insegurança.[5]
Nesse
sentido, a segurança é entendida como um dos objetivos que os homens desejam
alcançar quando decidem abandonar o estado de natureza e tornarem-se cidadãos,
pois conforme menciona Gerard Lebrun: “Segurança e possibilidade de gozar ao
máximo, em paz, de todas as ‘comodidades da vida’, são estes os dois objetivos
que os homens perseguem quando abandonam o estado de natureza e se tornam
cidadão”.[6]
Pensando
na garantia de estabilização social, proteção e defesa da sociedade, Hobbes
cria e utiliza a figura do Leviatã, com o intuito de representar o Estado por
meio de um homem artificial que possui maior força e estrutura do que o homem
natural. Para Hobbes, o Leviatã tem como princípio vital a soberania, responsável
por movimentar o corpo inteiro, ou seja, representa o Estado com suas
atribuições.[7]
O Estado
representa a maior concentração de poder dos seres humanos, com base no
consentimento voluntário das pessoas o Estado reúne os poderes de vários homens
no intuito de fortalecê-lo, pois para Hobbes o poder é o que torna um homem amado
ou temido por muitos.[8] Naturalmente
o homem vive em um estado de guerra em que cada pessoa deseja que predomine a
sua razão. No entanto, enquanto esta situação continuar existindo nenhum homem
poderá viver em segurança, justamente para evitar esse estágio de desordem o
homem deve buscar a paz. [9]
Na visão
de Hobbes, o Estado é a solução para eliminar os conflitos, colocado como uma
oposição à instabilidade natural dos seres humanos, representando um corpo
artificial que objetiva afastar os conflitos e realizar a paz social.
Portando, num primeiro momento, o Estado se impõe contra essa natureza instável que não oferece qualquer garantia de segurança ou acordo possível. Em outras palavras, o Estado é um corpo artificial que terá como principal função afastar os conflitos e produzir paz que é um produto do contrato que estabelece o poder absoluto cuja imagem maior é o Leviatã. Ele é que centraliza todo poder em si mesmo e que precisa, em alguma medida, para garantir a paz, “conter” a própria natureza humana, fonte primeira dos conflitos sociais.[10]
Para
garantir a segurança o homem transfere e renuncia a parte dos seus direitos
para o Estado, considerando que receberá em troca a preservação de sua vida.
Esse acordo em que há uma transferência mútua de atribuições é o que se
considera como o contrato social.[11]
Essa transferência
de poderes é uma lei da natureza que para ser cumprida necessita de outra lei que
estabeleça o cumprimento do pacto celebrado. Desse modo, menciona Hobbes:
Nesta lei da natureza reside a fonte e a origem da justiça. Porque sem um pacto anterior não há transferência de direito, e todo homem tem direito a todas as coisas, consequentemente nenhuma ação pode ser injusta. Mas, depois de celebrado um pacto, rompê-lo é injusto. E a definição da injustiça não é outra senão o não cumprimento de um pacto. E tudo o que não é injusto é justo.
Contudo, o
pacto não pode ser uma simples celebração, deve demonstrar um poder coercitivo,
soberano e absoluto, mantendo os homens em obediência ao que foi estabelecido, porém,
parte dessa obediência ocorrerá com base no medo do castigo.[12]
Assim, os
homens deverão obedecer ao soberano como uma manifestação do consentimento e do
desejo de preservação. No entanto, o medo é um fundamento que precisa ser
destacado nesse processo de obediência, pois na realidade o homem realizará um
cálculo para verificar os benefícios ou prejuízos que alcançará por meio da
submissão a vontade do soberano.[13]
Ao agir desconsiderando
a vontade do soberano o homem será submetido a uma pena e uma das possibilidades
de pena é exatamente a mesma dos dias atuais, ou seja, a prisão. Assim Hobbes
diz que “A prisão ocorre quando alguém é privado da liberdade pela autoridade
pública, e pode ser imposta tendo em vista dois fins diferentes: sendo um deles
a segura custódia do acusado, e o outro a aplicação de uma penalidade ao
condenado”.[14]
O que
Hobbes deseja repassar é o fato de que os homens respeitarão a lei quando o
desrespeito não lhe ocasionarem mais prazer ou lucro, em virtude da pena ser
estabelecida previamente, tornando-se possível essa tomada de escolhas.
Pois quando o castigo é previamente conhecido, e não é suficientemente grande para dissuadir da ação, ele constitui um convite a esta ação. Pois quando alguém compara o benefício tirado de sua injustiça com o prejuízo decorrente do castigo, escolher por necessidade da natureza o que lhe parece melhor para si mesmo, e portanto quando sofre uma punição maior do que a prevista pela lei, ou maior do que outros sofreram pelo mesmo crime, foi a lei que o tentou e o enganou.[15]
Para
Hobbes um crime é um pecado, mas não são todos os pecados que são crimes: “Um
crime é um pecado que consiste em cometer (por feito ou por palavra) um ato que
a lei proíbe, ou em omitir um ato que ela ordena. Assim, todo crime é um
pecado, mas nem todo pecado é um crime”.[16]
Essa
relação entre crime e pecado é importante para definir que a lei pode não
considerar crime ou nunca ninguém pode verificar que aquele crime existiu,
porém, a lei da natureza é eterna e a violação dos pactos realizados em
sociedade sempre serão pecados.[17]
Com essa
visão, cada homem será o seu próprio juiz, responsável por acusar a sua conduta
e julgar com a sua própria consciência.[18] Desse
modo: “A ignorância da lei de natureza não pode ser desculpa para ninguém, pois
deve supor-se que todo homem chegado ao uso da razão sabe que não deve fazer
aos outros o que jamais faria a si mesmo”.[19]
A religião
é uma manifestação da psicologia introduzida na história de um povo em que as
pessoas possuem uma relação com algo superior e poderoso, um valor introduzido
e exercido que age no psicológico humano sob a manifestação de que existe um
“Deus”, entendido como um sujeito que subjuga todas as condutas do homem.[20]
A partir
do momento em que o homem desacredita nessa razão maior de adequar as suas
condutas, Deus deixa de ser a essência opressora do homem e passa a ser um sujeito
desprovido de valor e prestígio sobre a alma humana.[21]
O filme Odisseia 2001, ainda hoje, é lembrando como um dos principais filmes de ficção
científica produzido. Essa avaliação nos parece correta à medida que retrata inúmeras
facetas do homem e de suas desventuras sobre a terra. Além disso, permite a
reflexão acerca do homem e de sua relação com a tecnologia.
A questão formulada sugeriu
que capturássemos uma das concepções filosóficas que retratassem o homem. Nesse
sentido, optamos por uma das cenas iniciais do filme. Na cena, é ressaltado o
aspecto belicoso do homem, que ao descobrir ao descobrir uma ferramenta para
provocar sofrimento aos seus semelhantes não pensa duas vezes. Na visão do filme
o homem é retratando como um animal belicoso, sempre disposto à luta.
A partir dessa visão, é impossível
não lembrar das reflexões acerca do homem, empreendidas por Thomas Hobbes. Nos
diversos trechos colacionados ao presente trabalho, Hobbes busca encontrar uma
maneira para tentar conter a natureza humana, que em essência é belicosa.
Nesse sentido surge o Estado Leviatã,
monstro mitológico, que representa a força capaz de trazer paz nas relações
humanas. Nesse sentido, cada um dos homens deve transferir e renunciar
parte dos seus direitos para o Estado, considerando que receberá em troca a
preservação de sua vida. Assim, os homens deverão obedecer ao soberano como uma
manifestação do consentimento e do desejo de preservação
Por fim, ressalta-se que para Hobbes um crime é um
pecado. Nesse sentido, cada homem será o seu próprio juiz, responsável por acusar
a sua conduta e julgar com a sua própria consciência.
Referências
Bibliográficas
2001: Uma Odisseia no Espaço. Direção: Stanley Kubrick. Produção: Stanley Kubrick. Estados Unidos: MGM,
1968. 2 DVD’s.
HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um
Estado Eclesiático e Civil. Coleção Os Pensadores, vol. XIV. Tradução João
Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1997.
(E-book)
JUNG, Carl Gustav. Psicologia e Religião. Petrópolis:
Vozes, 1997. (E-book)
LEBRUN, Gerard. O Que é Poder. São Paulo: Brasiliense,
1991, p. 13.
MARCONDES,
Danilo. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein.
2. ed. São Paulo: Jorge Zahar, 1998, p. 197-198..
NESI, Maria
Juliani; MARQUES, Carlos Euclides. Reflexão sobre o homem na filosofia:
livro didático. Palhoça-SC: UnisulVirtual, 2018.
SILVA, Delmo Mattos da.
Thomas Hobbes e a Violência do Estado: possibilidades de resistência e o duplo
sentido do medo e do poder. Revista
Espaço Acadêmico, ano 14, v. 14, n. 154, p. 01 – 14, mar. 2014.
SILVA, Hélio Alexandre
da. Thomas Hobbes: política, medo e conflitos sociais. Cadernos de Ética e Filosofia Política, São Paulo, n. 30, p. 143 -
164, jan./jun. 2017.
[1]
Bacharelando em Filosofia da
Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Pós-Doutor pela Universidade de
Sevilha. Doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC/SP). Doutorando em Ciência Política, pela Universidade Estadual do Ceará
(UECE). Mestre em Direito pela UFC/CE. Mestre em Informática pela PUC/RJ.
Professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu do Centro Universitário
Christus (UNICHRISTUS). Professor Adjunto da Universidade Estadual do Ceará
(UECE). Auditor-Fiscal do Trabalho. Centro Universitário Christus
(UNICHRISTUS), Universidade Estadual do Ceará (UECE) – Brasil. ORCID:
https://orcid.org/0000-0003-2799-4036 Lattes:
http://lattes.cnpq.br/2523315941972263. E-mail:
alexandre.bruno@unichristus.edu.br.
[2]
2001: Uma Odisseia no Espaço. Direção: Stanley Kubrick. Produção:
Stanley Kubrick. Estados Unidos: MGM, 1968. 2 DVD’s.
[3] NESI, Maria Juliani;
MARQUES, Carlos Euclides. Reflexão sobre o homem na filosofia: livro
didático. Palhoça-SC: UnisulVirtual, 2018.
[4] MARCONDES, Danilo. Iniciação
à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 2. ed. São
Paulo: Jorge Zahar, 1998, p. 197-198..
[5]
SILVA, Delmo Mattos da. Thomas
Hobbes e a Violência do Estado: possibilidades de resistência e o duplo sentido
do medo e do poder. Revista Espaço
Acadêmico, ano 14, v. 14, n. 154, p. 01 – 14, mar. 2014.
[6]
LEBRUN, Gerard. O Que é Poder. São Paulo: Brasiliense,
1991, p. 13.
[7]
HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um
Estado Eclesiático e Civil. Coleção Os Pensadores, vol. XIV. Tradução João
Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1997.
(E-book)
[8]
HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um
Estado Eclesiático e Civil. Coleção Os Pensadores, vol. XIV. Tradução João
Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1997.
(E-book)
[9]
HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um
Estado Eclesiático e Civil. Coleção Os Pensadores, vol. XIV. Tradução João
Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1997.
(E-book)
[10]
SILVA, Hélio Alexandre da.
Thomas Hobbes: política, medo e conflitos sociais. Cadernos de Ética e Filosofia Política, São Paulo, n. 30, p. 143 -
164, jan./jun. 2017.
[11]
HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um
Estado Eclesiático e Civil. Coleção Os Pensadores, vol. XIV. Tradução João
Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1997.
(E-book)
[12]
SILVA, Hélio Alexandre da.
Thomas Hobbes: política, medo e conflitos sociais. Cadernos de Ética e Filosofia Política, São Paulo, n. 30, p. 143 -
164, jan./jun. 2017.
[13]
SILVA, Hélio Alexandre da.
Thomas Hobbes: política, medo e conflitos sociais. Cadernos de Ética e Filosofia Política, São Paulo, n. 30, p. 143 -
164, jan./jun. 2017.
[14]
HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um
Estado Eclesiático e Civil. Coleção Os Pensadores, vol. XIV. Tradução João
Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1997.
(E-book)
[15]
HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um
Estado Eclesiático e Civil. Coleção Os Pensadores, vol. XIV. Tradução João
Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1997.
(E-book)
[16]
HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um
Estado Eclesiático e Civil. Coleção Os Pensadores, vol. XIV. Tradução João
Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1997.
(E-book)
[17]
HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um
Estado Eclesiático e Civil. Coleção Os Pensadores, vol. XIV. Tradução João
Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1997.
(E-book)
[18]
HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um
Estado Eclesiático e Civil. Coleção Os Pensadores, vol. XIV. Tradução João
Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1997.
(E-book)
[19]
HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, Forma e Poder de um
Estado Eclesiático e Civil. Coleção Os Pensadores, vol. XIV. Tradução João
Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1997.
(E-book)
[20]
JUNG, Carl Gustav. Psicologia e Religião. Petrópolis:
Vozes, 1997. (E-book)
[21]
JUNG, Carl Gustav. Psicologia e Religião. Petrópolis:
Vozes, 1997. (E-book)
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