A s sociedades disciplinares atingiram seu apogeu no início do século XX. Em uma sociedade disciplinar o indivíduo não cessa de passar de um espaço fechado a outro, cada um com suas leis: primeiro a família, depois a escola, o exército, a fábrica e eventualmente a prisão, que é o meio de confinamento por excelência. Mas segundo Deleuse (1992, p.129), após a segunda guerra mundial as sociedades disciplinares entraram em uma crise generalizada, convertendo-se em sociedades de controle. Ao contrário das sociedades disciplinares que moldavam os indivíduos distintamente pelas instituições de confinamento, nas sociedades de controle, os indivíduos passam por um processo contínuo de modulação e são controlados por meio de senhas de acesso, câmeras, cartões, etc. São agora os procedimentos e a burocracia que nos disciplinam a agir conforme o esperado. De fato, vivemos em uma sociedade "livre", onde ninguém nos força a nada, mas estamos todos cada vez mais sem tempo para fazer esc...
O LOBO DA ESTEPE – UMA AVENTURA NA CONDIÇÃO HUMANA Hugo Cesar Bueno Nunes Este texto parte de uma obra que marcou minha vida e tantos outros jovens. O Lobo da Estepe de Herman Hesse, é algo admirável, avassalador, que nos tira da condição de “ normalidade ” da qual muitas das vezes nos encontramos, vivendo neste mundo. Porém, o intuito não é descrever tal romance, muito menos realizar uma resenha dele, mas sim, buscar nas entrelinhas desta obra literária uma possível conexão com a visão de homem que subjaz o conhecimento filosófico. Escrito em 1927, a obra traz a história de Harry Heller, um burguês intelectual que viveu no século XX em constante embate com a vida da sociedade burguesa, da qual ele fazia parte, porém, a compreendia como limitada, miserável, uma vida indigna de ser vivida, desprezava o mundo em que vivia e as pessoas que nele habitavam, podemos afirmar que o perso...
Eis mais um ensaio produzido na UA Reflexões sobre o Homem na Filosofia. Afinal, o que torna o homem um ser possuidor de humanidade? Flávia O. Alvim [1] O cinema estadunidense tem proporcionado ao grande púbico, a oportunidade de oferecer uma reflexão acerca da nossa própria condição, enquanto seres pensantes, existenciais, intersubjetivos e puramente humanos. Reconhecendo a importância do cinema para a análise sobre o ser humano condicionado ao existir, analisaremos dois filmes intitulados O homem bicentenário (1999) do diretor Chris Columbus e o A. I. – Inteligência artificial (2001) do diretor Steven Spielberg. Ambos discutem a respeito de seres artificiais que apresentam características tipicamente humanas. Além de apontar os principais elementos constitutivos de tais produções cinematográficas referidas, utilizaremos como fio condutor de nossa análise antropológica-filosófica, os breves pensamentos dos filósofos Martin Heidegger e Jean-Paul Sartre sobre a condição do ...
Meu primeiro contato com a estética. Ótimo vídeo, bem informativo e direto. Vou providenciar os livros indicados.
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