Texto produzido para a Unidade de aprendizagem Estética e História da Arte - - 2019- a3
Gentilmente cedido pelo estudante Fernando A. Montanari.
A MÚSICA MINIMALISTA REVELANDO
O HUMANO COMPLEXO
Brevíssimos pensamentos
sobre a 3ª Sinfonia de Henryk Górecki sob viés
filosófico-antropológico-idealista
As percepções que o espírito humano pode alcançar não
se resumem aos cinco[2] sentidos
que constituem o corpo humano, embora sejam estes as portas de entrada para a
formação da complexa consciência[3] que se
instaura no ser com o passar de sua vivência[4] e os
acontecimentos que nela se desenrolam.
Nessa gama de acontecimentos, por vezes, a vida
proporciona o contato com uma obra de arte, que age como catalisadora,
apresentado, revelando e acelerando uma infinidade de possibilidades e
entendimentos sobre o Belo[5] e os
sentimentos que animam a alma (COTRIM, 2006, p. 287).
Dado a este caráter transcendente[6], a boa
arte, além de suas formas perceptíveis, que são expressões do sentimento
exteriorizado pelo exercício da criação e da liberdade[7] plenas,
também pode ser vista como fonte reveladora de outros fenômenos que compõem o
humano. Exemplo disso (embora exista quem defenda que a arte não busca um fim
próprio[8]) pode-se
atestar que diante de uma obra (tirante aquelas de gosto duvidoso que causam
repugnância e travam o pensamento), além do julgamento inicial e superficial de
sua beleza, a consciência que a fita busca quase que instantaneamente e de
forma implícita o social, a educação, as aspirações, a medida de tempo e espaço
que a delimitaram e condicionaram, a cultura, a religião e etc., tudo para
formação de uma espécie de moldura, que garanta conhecimento mais balizado do
quadro que a vida mostra.
Portanto, além do caráter transcendente, e como
natureza direta desse próprio, o humano desponta na arte, revelando-se por
aquilo que é e se constitui, nos mais íntimos, naturais e comezinhos canais ou
dimensões. E, além de despontar, flerta com uma atitude mental reflexiva,
buscando informações e identificações possíveis.
E, como plexo dessa revelação e sublimidade pode-se
citar a 3ª Sinfonia do polaco Henryk Mikołaj Górecki[9], Op. 36
(https://www.youtube.com/watch?v=Mcfy3UmnyDY)[10],
intitulada Sinfonia das Canções Tristes,
ou Sinfonia das Lamentações, ou,
ainda, Sinfonia das Canções Dolorosas,
composta em 1976.
Embora inicialmente criticada, mas, depois,
multipremiada e executada, a sinfonia está dividida em três andamentos:
I – o
primeiro, Lento - Sostenuto tranquillo ma
cantábile, trata-se de um lamento em língua polaca que se encaixa ao sofrimento
da Virgem Maria após a morte de Seu Filho e foi escrito no século XV “recolhido em ´Lysagora Songs´, uma colecção
do Mosteiro de Santa Cruz nas Montanhas Świętokrzyskie”[11] (“Meu Filho, meu Escolhido e Amado / Compartilhe
suas feridas com sua Mãe / E porque, querido Filho, Eu sempre te carreguei em meu
coração / E sempre te serviu fielmente / Fale com sua Mãe para fazê-la feliz /
Embora você já esteja me deixando, Minha querida esperança”);
II – o
segundo, Lento e largo – Tranquillissimo,
apresenta uma pequena oração atribuída a Helena Wanda Błażusiakówna, escrita
nos muros da prisão da Gestapo alemã, em noite anterior à sua execução (“Mãe, não, não chores / Casta Rainha dos Céus
/ Guarda-me sempre / Ave Maria”); e, por fim,
III – a
última parte descreve uma canção do folclore (Para onde terá ido o meu querido filho[12])
que entoa o som de uma mãe que procura seu filho, provavelmente morto durante a
insurreição na Silésia em 1919[13] (“Oh, cantai para ele / passarinhos cantores a
Deus / porque a sua mãe não pode encontrá-lo. E vós, flores de Deus / florescei
por todos os lados / que meu filho possa dormir sonhos felizes”).
De forma clara, pode-se perceber que
o apelo nos três movimentos é a separação causada pela morte, principal e
respectivamente, por conta da falta de entendimento/conhecimento, da guerra e
dos conflitos. Não podemos esquecer, nesse passo que:
(...) a
imaginação do artista não inventa arbitrariamente as formas das coisas.
Mostra-nos estas formas em sua verdadeira figura, tornando-as visíveis e
reconhecíveis. Escolhe um determinado aspecto da realidade, mas este processo
de seleção é, ao mesmo tempo, de objetivação. Uma vez que entramos em sua
perspectiva, somos forçados a olhar o muno do com seus olhos. (CASSIRER, 1951, p. 206)
O autor da obra evidenciou em seu trabalho o trato
minimalista da música, ou seja, uso de poucos elementos e texturas, tonalidades
e melodia simples, para uma percepção fenomenológica que garanta trechos de
repetição e executados em longo tempo, fazendo evidenciar um sentimento com
viés religioso, na busca de algo que transcende o ser, tal como uma lamentação
tem a propriedade de revelar sob manto artístico, no sentido de algo triste,
obscuro e trágico.
Afora essa apresentação e análise horizontalizada da sinfonia
em si, o enfrentamento mais verticalizado dos elementos antropológicos da obra
(do grego ἄνθρωπος, anthropos = ser humano; e λόγος, logos, = razão, ciência, pensamento, discurso), histórica e
socialmente, revela que a sinfonia teve suas origens, foi concebida e concluída
no pós Segunda Guerra Mundial por um autor polonês, descendente, por isso, de
um povo que passou pelo holocausto (e seus inúmeros problemas etnocentristas)
não de forma incólume, mas que sofreu diretamente suas atrocidades.
Talvez daí emirja a necessidade da lamentação
expressa na música, pois foram vários os horrores que o confronto bélico gerou,
amplamente divulgados pela história. A título ilustrativo segue abaixo uma
gravura, datada de 1919, atribuída ao alemão Adolf Franz Theodor Münzer[14], onde
se pode ler que “esta é a aparência dos
emigrantes poloneses, e você também se parecerá com eles se a Silésia se tornar
parte da Polônia. Alto-silesianos! Permaneçam com a nova Alemanha!”,
evidenciando, antes mesmo da Primeira Guerra, a necessidade de convencer
pessoas alemãs que viviam na Alta Silésia a manter a província como parte da
Alemanha (e não da Polônia) e mostrando que os emigrantes poloneses são pobres,
enaltecendo o nacionalismo alemão e o problema das questões territoriais que
acompanham a humanidade.
A sinfonia, principalmente em seu primeiro movimento,
é um escancarar de voz ao sentimento profundo que nos acompanha, de atenção às
necessidades morais e às tensões espirituais, que deveriam exorbitar o
materialismo e positivismo, para nos reconhecermos como seres humanos.
Jesus Cristo foi um exemplo extremo dessa necessidade
e da incapacidade de conhecimento que nos anima quando o assunto é o outro (“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a si mesmo”). Somente lamentando o processo de dor obscura que
acompanha o ser humano, igual às palavras atribuídas à dor da Virgem Maria,
para reconhecer e impressionar artisticamente, a brutalidade da morte pela
falta de entendimento.
Entendimento este que, ao que parece, sobrava à
autora das palavras expressas em canto no segundo movimento, que em momento
algum se levanta contra seus algozes alemães desorientados, mas, apenas,
expressa o pesar e tristeza de sua partida. Algo que sua alma anteviu,
objetivando buscar um novo caminho, para além do lugar comum da vingança e dos
gritos de fúria em busca de salvamento que seus pares expressavam contra os
oficiais do partido nazista, quando sentiam o cheiro da morte. O apelo desta
jovem ao vínculo maternal é algo tão forte como o apelo da Virgem Maria pela
esperança de um dia viver (talvez, com o Seu Filho).
Esse vínculo de “maternidade”, forte e sagaz, está
presente em todos seres e não é mérito de poucos, tanto que emergiu no terceiro
movimento como produto do folclore polonês (difundido no e pelo povo), com
versos tão singulares e desprovidos não só da vingança, mas encontrando na dor
o sustentáculo, inclusive, para abençoar um filho morto em conflito.
O forte sentido de pertencimento à história e cultura
de seu povo, fazem com que essa obra de Gòrecki enfatize novas formas de
expressão, diferentes das que o antecederam, para uma construção musical mais
simples e essencial (minimalista), que remete à capital e também essencial dor
que todos nós sentimos como seres humanos, e que transparece como resultado
daquilo que a humanidade conhece de si mesma quando resolve externar
acontecimentos tristes e calamitosos a que deu causa, entre eles, matar o
Messias, exterminar uma raça para engrandecimento de outra e matar por
conflito.
Essa realidade psicológica e histórico-social foi,
salvo melhor juízo, muito bem captada pelo Compositor, simbologicamente
traduzida em arte musical, para a busca de uma forte necessidade de reflexão entre o ser e o estar-no-mundo, mesmo
que passando pelo sofrimento e pela expiação, e, portanto, sem a necessidade de
diminuí-los, mas para que eles sirvam para nos garantir maior consciência e,
por mais paradoxal que seja, para acabar com a dor em nós mesmos e neste mundo
a que estamos inseridos (em outras palavras: a própria dor pano de fundo na
sinfonia pode ser a chave para o crescimento sem a dor). No mesmo sentido,
sobre a necessidade da vivência sem distração do que nos rodeia, podemos citar
que:
(...)
o homem é um ser-no-mundo, um ser–aí (Dasein), afirma Heidegger! O homem é um
ser que se projeta para fora de si, mas sem sair das fronteiras do mundo em que
está submerso; projeta-se no tempo e sempre em direção ao futuro, já que ambos,
em unidade, transformam-se.
No
entanto, quando o homem mergulha nas preocupações cotidianas e se deixa enredar
pelos hábitos comuns, quando se volta para fora, para o outro, para a
coletividade, então fica alienado e distraído de seu projeto inicial, que é o
de tornar-se “si-mesmo”. Inerte no cotidiano, o homem passa a viver uma vida
inautêntica. (NESI e MARQUES, 2018,
p. 118)
Cabe-nos uma escolha: redescoberta de nós e do mundo
para fomentação de uma evolução, ou “choro e ranger de dentes” por nós mesmos
provocados e tão bem explanados nas três partes da sinfonia.
Quiçá, apenas por provocação, como terceira via, para
além da escolha supra, possamos mencionar que o caminho possa ser uma maior
conscientização que somos complexos enquanto seres e precisamos sempre levar em
consideração essa complexidade, e que, apesar disso, podemos rumar para um
projeto mais simples e sem complicações egóicas.
Um projeto mais minimalista que atente para nossa
natureza humana e para a natureza a que estamos inseridos como partes (e não
como fins), e vise bem nos entendermos e, assim, por consequência, bem nos
conhecermos e administrarmos antropologicamente, sem descurar de nossa
história, cultura, educação, sociedade, crenças, capacidades de criação e
destruição e etc..
Pode ser que uma análise cartesiana e tradicional do
ser humano, juntada ao epistemológico sistêmico[15] que nos
constituí, revele a ligação entre a simplicidade e a complexidade,
interconectando modelos para formação de um ser humano coerente, tal como uma
obra de arte é capaz de apresentar para muito além dos nossos sentidos, abrindo
possibilidades a maiores e mais elevados sentimentos que constituem a alma.
REFERÊNCIAS
CASSIRER, Ernst. Antropologia filosófica; An essay on
mano México, Fondo de Cultura Económica, 1951.
CAPRA, F. A teia da vida. São Paulo, Cultrix, 1998.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da filosofia: história e grandes
temas. 16 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
MICHAELIS-UOL. Dicionário (http://michaelis.uol.com.br/busca?id=4Gyp,
acesso aos 12/05/2019).
MYERS, Gregory. 10 Lesser-Known But Important Human Senses,
em: http://listverse.com/2013/04/30/10-lesser-known-but-important-human-senses/,
acesso aos 16/05/2019.
MORA, José Ferrater. Dicionário de Filosofia. Texto preparado
por Eduardo Garc. A. Belsunce e Ezequiel Olaso, traduzido do espanhol por
António José Massano e Manuel Palmeirim. Lisboa, Publicações Dom Quixote: 1978.
NESI, Maria Juliani e MARQUES, Carlos Euclides. Reflexão sobre o homem na filosofia: livro didático / Maria Juliani
Nesi, Carlos Euclides Marques; design instrucional Isabel Zoldan da Veiga Rambo
– 1. ed. atual. – Palhoça: UnisulVirtual, 2018.
NUNES, Benedito. Introdução à Filosofia da Arte. 4.
edição. São Paulo: Ática, 1999.
[1] Acadêmico do curso Filosofia da Universidade do Sul de
Santa Catarina – Unisul. E-mail: famregistrospublicos@gmail.com.
Resposta apresentada
como AD1 para composição da Unidade de Aprendizagem 585 - Reflexão sobre o Homem na Filosofia 2019A - do curso de Graduação
em Filosofia da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. 2019.
Orientador: Prof. Carlos Euclides Marques, Mestre.
[2] http://listverse.com/2013/04/30/10-lesser-known-but-important-human-senses/, acesso aos 16/05/2019, onde o autor cita outros
sentidos como: propriocepção (localização corporal), passagem de tempo,
nocicepção (sentir dor), senso vestibular, senso magnético, zona de disparo do
quimiorreceptor emético, etc..
[3] DICIONÁRIO MICHAELIS-UOL (http://michaelis.uol.com.br/busca?id=4Gyp, acesso aos 12/05/2019) “Consciência: 1 Capacidade, de natureza intelectual e emocional, que o
ser humano tem de considerar ou reconhecer a realidade exterior (objeto,
qualidade, situação) ou interior, como, por exemplo, as modificações de seu
próprio eu; 2 Sentido ou percepção que permite ao homem conhecer valores ou
mandamentos morais, quanto ao certo ou ao errado, e aplicá-los em diferentes situações,
aprovando ou reprovando seus próprios atos, de modo que estabeleça julgamentos
interiores que lhe propiciem sentimentos de alegria, paz, satisfação etc.,
derivando daí convicções quanto a honradez, retidão, responsabilidade ou dever
cumprido, ou, contrariamente, remorso ou culpa; cacunda; 3 Sistema ou conjunto
de valores morais, construído com base nessas percepções ou convicções, que,
tomado como paradigma individual, se torna disponível para que cada pessoa
avalie seus atos, sua conduta e suas intenções, bem como os alheios; 4 Conjunto
de ideias, crenças e atitudes de um grupo de pessoas em relação ao mundo
circundante ou a tudo aquilo que apresentam em comum; conhecimento, convicção,
compreensão.”
[4] Atente para o que diz MORA (1978, p. 298): “O primeiro que investigou com amplitude a
natureza das vivências foi Dilthey. A vivência é, para este autor, algo
revelado no processo anímico dado na experiência interna; é um modo de existir
a realidade para um certo sujeito. A vivência não é, portanto, algo dado, somos
nós que penetramos no interior dela, que a possuímos de uma maneira tão
imediata que até podemos dizer que nós somos a mesma coisa”.
[5] Nunes, 1999, p. 7: “Foi no Renascimento que se deu a união teórica do Belo com a Arte,
união que uma terceira idéia, a de Natureza, a qual nessa época adquiriu
sentido preciso, ajudou a consumar. Conjunto de fenômenos sujeitos a leis,
contendo formas perfeitas, como pensava Leonardo da Vinci, a Natureza é a fonte
do Belo que o artista revelará com as suas produções, às quais se concede uma
consistência semelhante à do Universo material e sensível, agora valorizado.
Falar-se-á, daí por diante, numa beleza natural, a que a arte tem que se
sujeitar, e que, para ela transplantada, gera a beleza artística.
Admitiu-se, já no século XVIII, que essa beleza natural
está esparsa nas coisas, onde se oferece ao deleite do espírito, sobretudo por
intermédio da vista e do ouvido. As obras de arte também proporcionam o mesmo
deleite àqueles que sabem encontrar nelas as marcas universais do Belo”.
[6] Idem, citando Sócrates, p. 11: “A Verdade, uma vez conquistada, possui a sua própria beleza, a mais
alta de todas, a essência mesma do Belo, transcendente a tudo quanto existe,
conforme veremos na outra parte deste capítulo, dedicada ao exame da doutrina
platônica.” – grifei.
[7] Idem, desenvolvendo a crítica do juízo estético de
Kant, p. 24: “No juízo de gosto,
relacionado com a satisfação desinteressada, contemplativa, apreciamos a Beleza
por si mesma, desprendida dos nexos causais que constituem a ordem natural dos
fenômenos, como se, através dela, se afirmasse nas coisas a liberdade da
qual emanam os fins ideais integrantes da ordem ética, e que é uma
afirmação do Espírito. Se há, na Natureza, algo que parece livre, essa aparência
de liberdade, própria das coisas belas, é uma criação do nosso espírito. Em
vista disso, a Beleza, atribuída às representações, devido à satisfação
universal que podem proporcionar, não é inteiramente exterior a nós. Ela nasce
da atividade interna do nosso espírito, projetando-se nos objetos exteriores
que nos cercam. Cabe à Imaginação, que para Kant é, em última análise, o
fundamento do juízo de gosto, O papel de relacionar o Espírito com a Natureza,
o interior com o exterior, as intuições com os conceitos”. - grifei
[8] Ideias com esse pano de fundo podem ser atribuídas,
entre outros, aos existencialistas, que defendem teorias com forte influência
do pensamento de Kierkegaard 1813-1855, caracterizadas pela análise da
realidade do indivíduo no mundo, sua morte e angústia.
[10] Acesso aos 12/05/2019.
[11] https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinfonia_n.%C2%BA_3_(G%C3%B3recki)#cite_note-2, acesso aos 13/05/2019.
[13] “As revoltas na
Silésia (em alemão: Aufstände em Oberschlesien; em polaco: Powstania śląskie)
foram uma série de três levantes armados dos polacos e poloneses silesianos da
Alta Silésia entre 1919 e 1921 contra a República de Weimar, a resistência
tinha esperança de separar da Alemanha para juntar-se a Segunda República
Polaca, que tinha sido estabelecida na sequência da Primeira Guerra Mundial.
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, esses eventos são comemorados como
elementos essenciais do orgulho nacional polonês”, em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Revoltas_na_Sil%C3%A9sia, acesso aos 13/05/2019.
[15] Para o enfoque sistêmico a cientificidade tradicional
tem seu valor. Ele não é negado, mas acaba sendo contestado e criticado pelos
ideais supra identificados. Ciência e espiritualidade vistas pelo olhar do “ser humano integral” fazem emergir uma nova
concepção e, esta “não foi facilmente aceita, pelos cientistas do começo do
século (passado) desencadeando modelos estruturais fragmentados da saúde
integral do Ser”, conforme Capra (1998, p. 37).
Texto lúcido, coerente e inspirador. Parabéns ao autor.
ResponderExcluir